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Gestão fiscal de 2024: Cabo Frio tem pior resultado na Região dos Lagos; Saquarema, Iguaba e Araruama lideram ranking

Estudo da Firjan mostra baixo investimento e dependência de repasses no estado do Rio

Gestão fiscal de 2024: Cabo Frio tem pior resultado na Região dos Lagos; Saquarema, Iguaba e Araruama lideram ranking
Gestão fiscal de 2024: Cabo Frio tem pior resultado na Região dos Lagos; Saquarema, Iguaba e Araruama lideram ranking (Foto: Reprodução)

 As cidades da Região dos Lagos encerraram 2024 com um cenário de forte contraste na gestão fiscal, segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). Enquanto municípios como Saquarema, Iguaba Grande e Araruama obtiveram desempenho acima da média estadual, Cabo Frio terminou o período em situação crítica.


 Saquarema, Iguaba Grande e Araruama alcançaram nota máxima no indicador de Gastos com Pessoal e se destacaram também por destinar maior percentual da receita para investimentos públicos, cenário que contrasta com a maioria dos municípios fluminenses. Esses resultados ajudaram a elevar a média regional no IFGF, que fechou em 0,5817 ponto – acima da média do estado (0,5587).


 Na análise dos indicadores, a Região dos Lagos apresentou os melhores números em Liquidez (0,7718) e Gastos com Pessoal (0,7623), sugerindo capacidade de honrar compromissos no curto prazo e flexibilidade orçamentária.


 Cabo Frio registrou a pior situação fiscal da região. O município terminou 2024 com autonomia crítica, forte comprometimento do orçamento com despesas obrigatórias – alcançando nota zero no IFGF Gastos com Pessoal – além de baixa liquidez e baixo nível de investimentos. O cenário foi considerado crítico pela Firjan.


 A baixa Autonomia, com 0,3303 ponto, foi apontada como a principal fragilidade da Região dos Lagos, indicando que a maioria dos municípios ainda depende fortemente de transferências externas e tem dificuldade em gerar receita própria para custear despesas essenciais.


 No estado do Rio de Janeiro, a média dos municípios foi de 0,5587 ponto, classificando-se em “gestão em dificuldade”. O percentual médio da receita destinado a investimentos foi de apenas 4,6% – menos da metade da média nacional (10,2%).

 Apesar da conjuntura econômica favorável em 2024 e do aumento nos repasses, a Firjan alerta que muitas cidades não priorizaram investimentos. “Toda a sociedade precisa acompanhar e cobrar dos gestores maior compromisso com o dinheiro público. Não podemos aceitar esse cenário”, afirmou o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.


 No Brasil, a média foi de 0,6531 ponto, considerada “boa gestão”. Ainda assim, 36% das cidades, que somam cerca de 46 milhões de habitantes, permanecem em situação difícil ou crítica.

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