Semeando o futuro: sobrevoo marca o Dia do Meio Ambiente com ação de reflorestamento do ambientalista Ernesto Galiotto
Comemorando o Dia do Meio Ambiente e seus 54 anos de residência em Cabo Frio, o ambientalista Ernesto Galiotto saiu voando pelos céus da região, espalhando sementes e deixando no ar um rastro de vida, esperança e compromisso com a natureza.

Sobrevoando o Parque da Preguiça, Galiotto lançou sementes cuidadosamente coletadas, simbolizando a continuidade de um trabalho iniciado há décadas. A rota incluiu ainda o sobrevoo da AMPA do Póvoa do Brasil, reforçando seu compromisso com a recuperação ambiental de regiões estratégicas da Mata Atlântica.
O detalhe poético — e tecnológico — desta missão é que o "mico-leão-dourado" é o aeromotor: o pequeno avião utilizado por Galiotto para espalhar as sementes do alto. A metáfora é clara — assim como o mico é essencial para a regeneração natural das florestas, o avião conduzido por Ernesto cumpre esse papel em grande escala, costurando a paisagem com vida.
A ação faz parte de um ciclo que teve início em 2008, quando Galiotto liderou um projeto de reflorestamento pioneiro na região. Em 2020, os frutos começaram a aparecer. Já em 2021, na área do Peró, as árvores plantadas deram origem às chamadas “monstras” — grandes matrizes reprodutoras que já produzem novas sementes.
Agora, essas sementes estão voltando ao solo de onde vieram — desta vez lançadas em áreas como o Segundo Distrito de Cabo Frio e Emerências, próximas ao Parque do Mico-Leão-Dourado.
“Na última vez, semeamos com o mico. Desta vez, será com o vermelhão”, brinca Galiotto, referindo-se ao modelo vermelho do avião usado na missão atual.
Cada sobrevoo é um gesto de semeadura simbólica e ecológica. Envolve espécies nativas e contribui para restaurar a fauna, a flora e o equilíbrio dos ecossistemas locais.
Ao encerrar a jornada aérea, Ernesto Galiotto deixou uma mensagem firme, emocionada e urgente:
“Para concluir esse nosso trabalho de hoje... foi maravilhoso. E eu, sinceramente, brilho por isso, luto por isso. Eu penso no dia das gerações. No amanhã. Não só nas gerações humanas, mas nas da fauna e das florestas também.
Nós temos que fazer a nossa parte, ser livres, ter força, ensinar. Fazer as escolas entenderem — como eu tenho feito, com centenas de palestras por esse Brasil afora.
É importantíssimo isso. Semear ideias, não só sementes como fiz hoje. É importante para o nosso Brasil, para a nossa biodiversidade e para os nossos canais naturais.
Não podemos mais transformar nascentes em valas sujas, nem poluir lagoas como a de Araruama, ao ponto de liquidar com elas. Temos que salvar, porque muita gente é natureza, muita gente sobrevive dela.”
Com suas ações e palavras, Ernesto Galiotto reafirma que plantar árvores é também plantar consciência. E que proteger o meio ambiente é semear o futuro.
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