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Em busca de comida e águas calmas, pinguim é encontrado na Lagoa de Araruama

nstituto BW acompanha a reabilitação do pinguim, encontrado por pescador na última quarta-feira (16)

Em busca de comida e águas calmas, pinguim é encontrado na Lagoa de Araruama
Em busca de comida e águas calmas, pinguim é encontrado na Lagoa de Araruama (Foto: Reprodução)

 Calmaria, muita comida e descanso. Essa poderia ser a lista de desejos de qualquer pessoa, mas, neste caso, pertence aos pinguins-de-Magalhães, que migram todos os anos entre junho e setembro em direção a águas mais quentes, em busca de alimento. O Brasil está na rota dessa travessia e, por isso, não é raro vê-los nas praias da Região dos Lagos durante o inverno. Na última quarta-feira (16), porém, um registro incomum chamou a atenção: exausto, um dos pinguins precisou ser resgatado na Lagoa de Araruama, na altura da Praia do Boqueirão.


 Esses animais se reproduzem entre novembro e janeiro, nas águas da Argentina e do Chile, e migram sazonalmente para o norte durante o inverno, usando a plataforma continental próxima à costa do Brasil como rota. Por isso, neste período, é comum que pinguins-de-Magalhães apareçam debilitados na Região dos Lagos. Este, em específico, trilhou uma rota incomum, atravessando o Canal do Itajuru e indo parar na Praia do Siqueira. Posteriormente, ele seguiu até São Pedro da Aldeia, parando apenas na Praia do Boqueirão. É provável que ele tenha nadado por outras partes da laguna, explorando o local e buscando por alimentos.


 De acordo com o Instituto Albatroz, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES) da Petrobras em Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo, “é comum os pinguins entrarem em estuários – ambiente aquático de transição entre lagunas e o mar – em busca de alimentos e águas tranquilas”. Logo, como estão fracos, é normal procurarem áreas mais calmas, onde tenham que fazer menos esforço para se locomover.


Por Ludmila Lopes




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